O Amure Pinho é um empreendedor acelerado, com grande experiência digital. Além de ser o CEO da Blogo, também é o sócio do Space coworking e Presidente da Associação Brasileira de Startups. Ah: Ele também é investidor-anjo. É tanta coisa que a gente quase esquece. =)
Conversamos um pouquinho com ele (aprendemos muito!) e separamos um trecho do bate-papo:

Escute a entrevista com Amure Pinho

Confira a transcrição das palavras de Amure Pinho:

Yan: A gente sabe que o ecossistema brasileiro de startups ainda está engatinhando se comparado ao Vale do Silício, Israel e outros pólos, mas aqui também temos algumas startups de sucesso surgindo. Eu queria saber qual a sua visão sobre o nosso mercado e um pouco de como o seu trabalho na ABStartups pode ajudar os empreendedores que estão nos escutando.
Amure Pinho: Eu nunca fui pra Israel, mas já fui algumas vezes para o Vale do Silício e é inevitável a gente comparar. Só que também é muito difícil a gente tentar comparar isso. Os EUA passaram por “milhares” de booms econômicos e de infra estrutura. A “crise das ponto com” é o maior exemplo. Antes da crise eles levaram cabo de fibra óptica para todos os lugares e existe uma cultura de infraestrutura tão grande que é praticamente impossível de comparar com o Brasil.
Eu acho que o Brasil está atrás, mas também acho que a gente, efetivamente, começou tarde. Então, sim, quem sabe o Brasil está 8, 10 anos atrás, talvez um pouco mais. Mas, a grande sacada é que começamos a entender que é possível fazer negócios com cara de Brasil e não só copiar o que está sendo feito lá fora. Quando começamos a ver empresas como Conta Azul, RD Station ou, então os casos de exit, começamos a ver que existe um ecossistema muito maduro.
No Brasil, a gente tem um pouco essa cultura de não gostar muito do sucesso do outro. Ficamos com aquela invejinha branca de “poxa vida, não vale isso tudo! Peraí!”. O que eu acho que as pessoas não entendem é que, quando uma empresa é vendida por milhões de dólares ou quando ela é avaliada e comprada por uma empresa grande, os donos das empresas viram capitalizadores e acabam investindo de novo
Veja o exemplo do Romero, do Buscapé, que investiu em dezenas de outras startups. Não estou avaliando se deu certo ou não, mas esse dinheiro voltou para economia. Quando startups, como o Hotel Urbano, fazem aquisição de empresas menores, você está, de fato, movimentando esse dinheiro e mostrando que tem um mercado potencial no Brasil.
Hoje, a grande verdade é que a gente está passando por um período muito positivo. Tivemos a dois, três anos atrás uma espécie de micro bolha no Brasil, onde os valuations eram criados por qualquer pessoa. Onde a TV começou a falar sobre startup, o que é muito bom. Mas, todo mundo sabe, que a fase especulativa traz uma fase de maré complicada depois, que é quando você separa o joio do trigo. E estamos no momento de separar o joio do trigo.
Percebemos que startups brasileiras estão conseguindo levantar dinheiro, principalmente de fundos internacionais. E, pra mim, a grande prova de que isso está começando a dar certo e criar uma coisa cíclica, é o fato de que você está começando a ver exits acontecendo.
Então, a Zeropaper foi um caso da 21212. O próprio deal da SIEVE Group, que foi quando eu vendi a Dymatic para o grupo B2W (…) e são casos muito reais e muito positivos de empresas que começaram numa garagem. Começaram com 3, 4 pessoas, os empreendedores fizeram saídas maravilhosas e hoje estão ricos. Isso é muito importante do ponto de vista do ecossistema. Porque o dinheiro entra, é investido, cria riqueza e uma hora você tem que vender.
Então, quando a gente começa a ver essa sequência de exits, começamos a entender que estamos dentro de um ecossistema mais maduro do que era anteriormente. Com associações de anjos, com as aceleradoras. Hoje, de fato, a gente está muito mais evoluído do que estávamos a 4 anos atrás.

Curtiu o papo com o Amure Pinho? Então dê uma olhada no Podcast que fizemos com o Gabriel Marquez, CEO da NFe.io, e veja como a Pluga pode automatizar o processo de emissão das suas notas fiscais eletrônicas!

Entrevista Gabriel Marquez, CEO da NFe.io - Pluga

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