Não é de hoje que a sigla ERP acompanha o dia a dia das grandes empresas brasileiras. A novidade é que os chamados sistemas de gestão integrados, que ajudam os negócios a controlar todos os seus recursos e processos em apenas uma plataforma, ganham cada vez mais adeptos entre as micro, pequenas e médias empresas.  

O crescimento do mercado de ERP no Brasil entre as PMEs pode ser observado nos dados recentes, divulgados pela plataforma de busca e comparação de softwares Capterra, uma empresa da Gartner, que mostram que 44% das empresas com até 250 funcionários já usam um sistema de gestão empresarial para o seu controle interno.

O surgimento nos últimos anos de diversas plataformas na nuvem, como Conta Azul, Tiny ERP e Bling, abriu as portas aos pequenos empresários a este tipo de sistema. 

Como é o Mercado ERP na nuvem

Diferentemente dos ERPs tradicionais (conhecidos como on premise), que precisam ser abrigados nos servidores das empresas e implicam custos altos de instalação e manutenção, os softwares na nuvem permitem uma implementação ágil, com boas opções de segurança de dados e mobilidade.

A principal vantagem deste tipo de plataforma, porém, é o preço acessível. Para um pequeno empresário que investe em seu primeiro sistema de gestão e não necessita das opções personalizadas típicas dos ERP on premise, uma plataforma na nuvem oferecerá todas a principais funcionalidades de um software do tipo com mensalidades que cabem em diversos orçamentos. 

Se não é a primeira vez que você ouve falar de ERP ou mesmo de plataformas na nuvem, deve estar se perguntando: mas as soluções grátis e open source também não são uma boa opção para os pequenos empreendedores? 

Como nada na vida é tão simples, a resposta é sim e não. Abaixo explicaremos o por quê. 

ERP open source e grátis

Como aponta a pesquisa do Capterra, um dos módulos mais utilizados dos sistemas ERP no Brasil é o fiscal. E é aqui que surge um problema: para dar conta dessa área, o software precisa estar adaptado à (mais do que complexa) legislação brasileira. 

A boa notícia é que existem opções totalmente grátis (sem período de testes e que depois obrigam o usuário a assinar a plataforma para seguir usando) e open source nacionais ou estrangeiras, mas adaptadas às normas federais, estaduais e locais e disponíveis em português. 

A questão da localização é importante para os usuários de ERP brasileiros: o estudo do Capterra aponta que 64% dos entrevistados dizem ser importante ou muito importante que o software adotado esteja disponível em português. Uma porcentagem igual de entrevistados diz ainda que estaria disposta a pagar mais por um ERP mais caro, mas que esteja devidamente adaptado à legislação brasileira. 

Os benefícios de adotar programas com estas características são vários: 

1. Evitar gastos extras

Adotar um sistema que não oferece todas as funções que o negócio necessita pode significar gastos extras com outras plataformas que deverão ser integradas ao produto. Isso pode representar um custo. 

2. Contar com um melhor suporte ao cliente

A questão da língua é importante não apenas no momento de usar o programa como na hora de falar com o help desk. Se a solução for estrangeira, é importante verificar se há atendimento em português ou em línguas que alguém da empresa fale. 

A questão do suporte é especialmente crítica em programas open source, em que na maioria das vezes a ajuda está disponível somente em fóruns de usuários. 

3. Usar sem limitações

Como diz o ditado, não existe almoço grátis. 

Essa dica vale tanto para quando falamos de programas desenvolvidos no Brasil como fora.

Softwares gratuitos são uma ótima opção para empresários que estão na fase inicial de transformação digital da sua empresa, mas vale lembrar que a maioria oferece pacotes com funções limitadas em sua versão free

Antes de escolher, portanto, é preciso pesquisar quais funcionalidades serão mais usadas — se estoque, contas a pagar ou emissão de boletos e notas e ver se o que a versão grátis oferece dá conta das necessidades mensais da empresa.    

Dicas para escolher um ERP

Segundo o Capterra, 45% dos entrevistados que já utilizam um ERP planeja investir em um novo sistema.

Como a questão da língua e das funcionalidades não são as únicas que os pequenos empresários devem ter em conta na hora de investir ou de trocar de software, reunimos abaixo outras dicas para as PMEs que buscam novas soluções:

  • É preciso comparar, comparar e comparar! Os empresários devem fazer uma lista inicial com as soluções que mais se adequam às suas necessidades e, por eliminação, chegar àquela que mais se aproxima da ideal. Não existem programas perfeitos, mas o mercado de ERP no Brasil já oferece soluções que se encaixam aos mais diferentes tipos de negócios.
  • É importante pensar a médio e longo prazo. As soluções na nuvem mais conhecidas oferecem diversas possibilidades de planos que vão de 1 até 20 ou mais usuários. Para negócios que estão crescendo é importante pensar em uma opção que não fique obsoleta em um ano ou até menos.
  • Não compre um software sem testá-lo! Ninguém olha um sapato numa vitrine, entra na loja e leva o modelo sem prová-lo. À primeira vista, um programa pode parecer muito atrativo e oferecer todas as funcionalidades que você precisa, mas é impossível saber se ele cumpre mesmo o que promete sem ver de dentro. 

Este artigo foi escrito por Lucca Rossi, analista de conteúdo do Capterra, página líder para compradores de software. Cada mês, o site ajuda mais de 3 milhões de compradores a encontrar o software ideal.

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